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Vista de exposição do eixo “O conflito”, Galeria Claudia Andujar. Foto: Eduardo Eckenfels
Vista de exposição do eixo “O conflito”, Galeria Claudia Andujar. Foto: Eduardo Eckenfels

A Galeria Claudia Andujar está dividida em três eixos conceituais: A Terra; O Homem e O Conflito. Os termos fazem referência à divisão do livro Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha – A Terra; O Homem e A Luta –, que narra os eventos que sucederam a Guerra de Canudos (1896-1897), no interior da Bahia. Tanto a obra literária quanto as obras presentes nesse espaço propõem uma leitura sobre a relação dos homens e mulheres com a luta pelos seus direitos e pelo reconhecimento de território.

Uma das séries exibidas neste eixo é a Marcados,  formada por uma coleção de retratos em preto e branco do povo Yanomami.  Nessas imagens, cada indivíduo documentado porta um número de identificação. Essas fotografias foram uma ferramenta importante, utilizada pela Comissão pela Criação do Parque Yanomami, para mapear e orientar o  processo  de imunização. Anos depois, ao fazer uma releitura desses registros,  Andujar reflete sobre a sua história pessoal: o momento em que sua família foi perseguida pelos nazistas e tatuada com números (técnica de identificação das vítimas). Essas imagens saem, portanto, da esfera objetiva do registro e adentram em um espaço sensível e questionador.

Neste eixo, estão expostas as séries: Contato; Grafitagem; Marcados; Metais Ltda; e Toototobi.

Série Marcados, 1981-83, de Claudia Andujar. Acervo de arte contemporânea Inhotim
Claudia Andujar, série Marcados, 1981-83, gelatina de prata sobre papel Ilford Multigrade, 57×38,5 cm cada
Vista de exposição do eixo "O conflito", Galeria Claudia Andujar. Acervo de arte contemporânea Inhotim
Vista de exposição do eixo “O conflito”, Galeria Claudia Andujar. Foto: Eduardo Eckenfels

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